Um novo rumo

Nesta sexta-feira, dia 15/out. fiz cirurgia de septo nasal e amídalas. Tirei as infelizes que sempre me incomodavam e inflamavam todo mês.

Depois que foram tiradas, fiquei sem comer e beber durante 72hs. Não conseguia nem engolir a própria  saliva. Estava vivendo de soro e remédios para sustentar o corpo.

Durante uma noite deitado na cama do hospital, fiquei pensando e comparando esse momento com  algumas coisas que aconteceu no último semestre. Tudo bem, vou ser mais claro. As amídalas, que tanto me incomodavam, durante anos, que era algo dentro de mim, que logo após tiradas de mim permaneceu a ferida, que doeu mais do que nunca, senti falta da mesma em minha garganta que ate o momento estava sem doer. A recuperação pós-operatório é muito difícil. Dolorida e sofrida. Comparo isso a qualquer ex relacionamento. No começo não incomodou de forma alguma. Aceitei o amor dentro de mim, amei o suficiente pra nunca se esquecer dos momentos. Chegou à um ponto que começou a incomodar, como se dependesse do amor pra respirar, pra viver. Naquele momento tinha perdido algo essencial, e que hoje já não é mais. Assim como as amídalas que o sofrimento maior foi quando as tirei, mas não dependo delas para viver. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Mesmo que a ausência inútil das amídalas me faz falta. Porém caro leitor, isso não me assusta mais. Recordo-me e cito novamente que "Teve momentos em que  acordava e ia dormir todos os dias querendo ser mais feliz para você, mais bonito para você, mais simpático pra você, mais atencioso pra você . Até que algo sensacional aconteceu: Um belo dia  acordei tão feliz, tão bonito, tão realizado, tão simpático, tão atencioso, com tanto amor próprio que acabei me tornando muito pra você.”